Aquele momento estranho em que olhamos para a "descendência" e mais parece que estamos a olhar-nos ao espelho...
Acabo de ouvir-ME na voz da Balu! Está cheia de energia a brincar no quarto. Tem uma mini-máquina de lavar roupa a pilhas que gira sozinha e faz barulho. Ela liga-a e aquilo lá fica, a rodar, uns minutos. Até que pára. Logo que isso acontece, ela levanta-se do chão (onde já está a fazer outra coisa - puzzles) num ápice, olha para mim e diz (exactamente como eu diria, com o mesmo tom e a mesma expressão, até de indicador no ar, à frente do nariz e tudo, como eu faço):
"Pai, a máquina não está a lavar. Acho."
O pormenor da pausa antes do "Acho.", então, tira-me do sério. É autenticamente como estar a ouvir-me e ver-me. Nela.
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